Guimarães está na shortlist das três cidades finalistas que disputam o título de Capital Verde Europeia 2026. O município chega à fase final da competição pelo segundo ano consecutivo e disputará o título com Heilbronn (Alemanha) e Klagenfurt (Áustria). A cidade vencedora será conhecida a 24 de outubro, numa cerimónia que terá lugar em Valência, cidade que é Capital Verde Europeia em 2024.
Para Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, “é um enorme orgulho para o município de Guimarães ver novamente valorizado o trabalho que desenvolve em prol da sustentabilidade”. O autarca considera que a presença de Guimarães, pelo segundo ano consecutivo, entre as cidades finalistas ao título de Capital Verde Europeia é a prova de que o município está a trilhar o caminho certo. “O nosso compromisso com o desenvolvimento ambientalmente sustentável só é possível com o apoio das escolas e universidades, empresas e cidadãos, pois só dessa forma alcançaremos o objetivo comum de sensibilizar a população para a necessidade de proteger o ambiente e assim combater as alterações climáticas. As iniciativas e ações que temos vindo a realizar, ao longo dos últimos anos, fazem de Guimarães uma cidade referência para as outras cidades, portuguesas e europeias”, diz o edil.
Júri avalia finalistas a Capital Verde Europeia a 24 de outubro
Em outubro, as cidades finalistas apresentarão a sua estratégia de comunicação e plano de ação a um painel de jurados internacionais presidido pela Comissão Europeia. Esse é o projeto que depois será implementado no caso de virem a ser eleitas Capital Verde Europeia 2026. Para além de um troféu, a cidade vencedora recebe um prémio financeiro de 600 mil euros, destinado a apoiar ações-chave nas sete áreas de indicadores ambientais e a organizar eventos de sensibilização, com e para os cidadãos.
O painel de sete especialistas independentes que avaliou o lote inicial de nove cidades candidatas valorizou o desempenho das três cidades finalistas, incluindo Guimarães, em sete parâmetros ambientais: qualidade do ar; qualidade da água e eficiência; biodiversidade, áreas verdes e uso sustentável do território; desperdício e economia circular; poluição sonora; desempenho energético e mitigação das alterações climáticas; e adaptação às mesmas.
De acordo com o júri, o município de Guimarães foi selecionado “pelas suas práticas de gestão de resíduos e economia circular, proibindo materiais de utilização única em eventos da cidade e promovendo programas de prevenção de resíduos alimentares. Além disso, também melhorou a eficiência hídrica através da redução do consumo de água nos edifícios municipais, da deteção e reparação precoce de fugas e da criação de estações de água públicas”.
Ecossistema Guimarães 2030 lidera transição sustentável
Ao longo dos últimos anos, Guimarães tem reforçado a aposta na sustentabilidade através de ações e projetos que se inserem num ecossistema de governança integrador, participativo e multidisciplinar, o Guimarães 2030. Trata-se de um modelo coordenado pelo município, em conjunto com o Laboratório da Paisagem, e, para além do Governo, envolve universidades, empresas, associações sem fins lucrativos, decisores políticos e cidadãos. O objetivo é tornar o território climaticamente neutro até 2030, com foco na investigação, educação e sensibilização ambiental.
A inclusão de Guimarães na shorlist das cidades que disputam o título de Capital Verde Europeia 2026 surge depois de, em 2017, Guimarães ter alcançado o quinto lugar na disputa pelo título de 2020 e de, no ano passado, ter sido uma das três cidades finalistas ao título de 2025 – título que acabaria por ser atribuído à cidade de Vilnius, na Lituânia. Em caso de vitória, Guimarães tornar-se-á na segunda cidade portuguesa premiada, depois de Lisboa ter conquistado o título em 2020.
Sobre a Capital Verde Europeia
O galardão de Capital Verde Europeia foi iniciado em 2010 pela Comissão Europeia, e Estocolmo a primeira cidade a envergar essa distinção. A iniciativa pretende promover e cidades sustentáveis, reconhecendo anualmente uma cidade que se destaque nos padrões ambientais e com metas ambiciosas de sustentabilidade urbana e combate às alterações climáticas. Essas cidades servem como modelos inspiradores para outras, liderando transformações sociais e implementando o Pacto Ecológico Europeu. A elegibilidade é dirigida a cidades com mais de 100.000 habitantes nos Estados-Membros da UE, países candidatos à UE e alguns países associados.