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Jardins emblemáticos de Guimarães renovam bandeira verde

Organismo internacional atribuiu o Green Flag Award pelo segundo ano
consecutivo ao Jardim do Monte Latito e ao Parque da Cidade. O galardão é um importante reconhecimento da qualidade da gestão dos espaços verdes e dos esforços na preservação e sustentabilidade ambiental. Apenas 8 espaços verdes em Portugal receberam este prémio.


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O Jardim do Monte Latito e o Parque da Cidade conquistaram novamente o selo ambiental do Green Flag Award (Prémio Bandeira Verde), em resultado de uma candidatura bem-sucedida do Município de Guimarães e do Laboratório da Paisagem. O prémio pretende distinguir espaços verdes com elevados padrões de gestão, avaliando um conjunto de parâmetros onde se inclui a limpeza, segurança, manutenção, conservação da biodiversidade e envolvimento comunitário.

Para a Vereadora do Ambiente do Município de Guimarães, Sofia Ferreira, “a renovação da atribuição da Green Flag Award nos dois espaços, reforça o contínuo compromisso do município com a sustentabilidade, a preservação ambiental, e a gestão de espaços verdes de qualidade para a comunidade”. Sofia Ferreira salienta, ainda “a excelência do trabalho de cooperação que permite envolver técnicos e investigadores na gestão destes espaços”.


Dois bons exemplos de sustentabilidade urbana

O Júri internacional voltou a elogiar a gestão do Jardim do Monte Latito, em Guimarães, salientando a limpeza e cuidados verificados em todas a áreas deste espaço verde, reflexo de um trabalho diário e contínuo, que permite receber da melhor forma milhares de visitantes todos os anos. A análise a este jardim destaca que se trata de um espaço verde de cerca de 39 mil m2 em plena malha urbana e que serve de zona de lazer entre três monumentos nacionais – o Castelo de Guimarães, a Igreja de S. Miguel e o Paço dos Duques de Bragança. “O parque possui um vasto relvado e árvores frondosas que embelezam a área. O conjunto arbóreo é bastante denso e diversificado, incluindo plátanos, castanheiros e ciprestes. Podem ainda ser observados dois plátanos, classificados como de interesse público”, pode ler-se.

Em relação ao Parque da Cidade, o júri internacional destacou a ampla gama de áreas e equipamentos que os visitantes têm ao seu dispor e a sua gestão, que conjuga ações de limpeza com medidas e projetos de conservação e fomento da biodiversidade. Este parque, de quase 30 hectares, é descrito como um bom exemplo de transformação de uma área rural numa zona verde urbana: “A Quinta Luar de Margaride é a mais antiga encontrada em documentários históricos, datando do século X. No troço final do parque, integrado na Quinta da Azenha, subsistem vestígios arquitectónicos do que seria outrora um moinho de água e antigo acesso a um reservatório de água, outrora utilizado para lavar roupa. A componente florística também é indicativa de práticas anteriores.

Os choupos negros (Populus nigra L) nas margens da ribeira remetem-nos para o cultivo agrícola da vinha no passado, nomeadamente através de sistemas tradicionais de condução da “videira” do tipo arjão e pendente, um dos mais típicos características da paisagem do Noroeste de Portugal. Os percursos do parque atravessam diferentes espaços com diversas árvores e arbustos proporcionando diferentes habitats, trazendo uma vasta diversidade de aves. A presença da água é constante com o aparecimento de um lago e também de uma linha de água que atravessa todo o parque proporcionando um ambiente refrescante.

Bandeira Verde – um selo de qualidade para parques e jardins

O prémio Green Flag Award, é atribuído através de um programa de acreditação internacional que reconhece e recompensa parques e espaços verdes pela sua boa gestão ambiental, conferindo-lhes um estatuto de referência em termos de boas práticas. O galardão teve origem em Inglaterra em 1996, tendo sido atribuído a mais de 2 mil parques públicos, jardins e espaços verdes, em 16 países. Os objetivos traçados por esta organização passam por garantir que todos tenham acesso a espaços verdes de qualidade e que estes espaços sejam geridos de forma adequada e atendam às necessidades das comunidades que servem. Visa ainda estabelecer padrões de boa gestão, promover e partilhar boas práticas e reconhecer e recompensar o desempenho de gestores, funcionários e voluntários que cuidam destes espaços.

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